sexta-feira, 6 de junho de 2008

ORAÇÃO A MIM MESMO.

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Que eu me permita
olhar e escutar e sonhar mais.
Falar menos.
Chorar menos.

Ver nos olhos de quem me vê
a admiração que eles têm
e não a inveja que prepotentemente penso que seja.
Escutar com meus ouvidos atentos
e minha boca estática,
as palavras que se fazem gestos
e os gestos que se fazem palavras.

Permitir sempre
escutar aquilo que eu não tenho
me permitido escutar.

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Saber realizar
os sonhos que nascem em mim
e por mim
e comigo morrem por eu não os saber sonhos.

Então, que eu possa viver
os sonhos possíveis
e impossíveis;

aqueles que morrem e ressucitam
a cada novo fruto,
a cada nova flor,
acada novo calor,
a cada nova geada,
a cada novo dia.

LANÇAR-SE NO MAR DA ORAÇÃO E BUSCAR O VERDADEIRO AMOR DE NOSSAS VIDAS,EM BUSCA DA FELICIDADE ...

Que e possa sonhar o ar,
sonhar o mar,
sonhar o amar,
sonhar o amalgamar.

Que eu me permita
o silêncio das formas,
dos movimentos,
do impossível,
da imansidão de toda profundeza.

Que eu possa substituir
minhas palavras
pelo toque,
pelo sentir,
pelo compreender,
pelo segredo das coisa mais raras,
pela oração mental
(aquela que a alma cria e que só ela ,alma , ouve
e só ela , alma , responde).

Que eu saiba dimensionar o calor,
experimentar a forma,
vislumbrar as curvas,
desenhar as retas,
e aprender o sabor da exuberância
que se mostra
nas pequenas manifestações da vida.

Que eu saiba reproduzir
na alama a imagem
que entra pelos meus olhos
fazendo-me parte suprema
da natureza,
criando-me e recriando-me
a cada intante.

Que eu possa chorar menos de tristeza
e mais de contentamentos.
Que meu choro não seja em vão,
Que em vão não sejam minhas dúvidas.

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Que eu saiba perder meus caminhos,
mas saiba recuperar meus destinos
com dignidade.
Que eu não tenha medo de nada,
principalmente de miom mesmo:
-Que eu não tenha medo de meus medos !

Que eu adormeça
toda vez que for derramar
lágrimas inúteis,
e desperte com o coração
cheio de esperanças.

Que eu faça de mim
um homem serena
dentro de minha pópria turbulência,
sábio dentro de meus limites
pequenos e inexatos,
humilde diante de minhas grandezas
tolas e ingênuas (que eu me mostre o
quanto são pequenas minhas grandezas e o quanto é valiosa a minha
pequenez).

Que eu permita se mãe,
ser pai,
e , se preciso,ser órfão.

Permita-me ensinar o pouco que sei
e aprender o muito que não sei,
traduzir o que os mestres ensinaram
e compreender a alegria com que
os simpels traduzem suas experiências;
respeitar incondicionalmente
o ser;
o ser por si só,
por mais nada que possa ter
além de sua essência,
auxiliar a solidão de quem chegou,
render-me ao motivo de quem partiu
e aceitar a saudade de quem se ficou.

Que eu possa amar
e ser amado.
Que eu possa amar mesmo
sem ser amado,
fazer gentilezas quando recebo carinhos;
fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas.
Que eu jamais fique só,
mesmo quando eu me queira só.

Amém.

AUTORIA : Oswaldo Antônio Begiato

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